Prb Mulher-DF participa de lançamento da pesquisa “Mais Mulheres na Política”


PRB Mulher-DF e a ministra Eleonora Menicucci da SPM (ao centro)
Brasília (DF) – Oito em cada dez brasileiros ouvidos pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão (78% dos entrevistados) para uma pesquisa sobre a presença de mulheres na política defenderam a obrigatoriedade de uma divisão com o mesmo número de candidatos e candidatas nas listas partidárias para eleições. Para 1,6 mil entrevistados, essa composição meio a meio da lista de candidatos deveria ser obrigatória nas eleições para o Legislativo municipal, estadual e federal. Os dados fazem parte do estudo Mais Mulheres na Política, divulgado hoje (9) em Brasília, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), que contou com a presença da coordenadora do PRB Mulher-DF Helen Assumpção, da subcoordenadora Ana Rita Silva, e das militantes Laura Peritore e Cristiane Leite.


Para a ministra Eleonora Menicucci, da SPM-PR, os dados da pesquisa são relevantes no momento em que o país discute reforma política. “O Brasil avançou na legislação eleitoral com o preenchimento de 30% de candidaturas de mulheres e a destinação de 10% do tempo de propaganda eleitoral por sexo”, afirma a ministra Eleonora.


“O Brasil ocupa o 121º lugar com relação à participação das mulheres na política em um ranking de 189 países”, destacou a socióloga Fátima Pacheco Jordão, diretora do Instituto Patrícia Galvão e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras. A lista revela que países como o Iraque e o Afeganistão têm mais mulheres no poder do que no Brasil.


“Não estamos acostumados, nem no futebol, nem na economia, a ter uma posição tão vergonhosa quanto esta. Se continuar neste ritmo, levaremos 150 anos para atingir a paridade [entre homens e mulheres em cargos políticos]. São 15 gerações”, alertou a socióloga.


O levantamento foi feito com base na resposta de mais de 2 mil pessoas com mais de 16 anos, entrevistados entre 11 e 15 de abril deste ano, em todas as regiões do país. Deste total, a maioria (mais de 1,4 mil) considerou fundamental a alteração nas leis eleitorais para garantir que as mulheres representem a metade dos candidatos a cargos eletivos. Atualmente, a legislação eleitoral brasileira reserva 30% das candidaturas para as mulheres e apenas 10% do tempo de propaganda eleitoral para cotas de sexo.

No Senado Federal, entre 81 vagas, apenas 13 são ocupados por mulheres, sendo que, atualmente, oito senadoras exercem ativamente a atividade. Apenas uma das 11 comissões da Casa é presidida por uma senadora. Na Câmara dos Deputados, das 513 vagas, 44 são ocupadas por mulheres e apenas uma das 21 comissões permanentes é liderada por uma deputada. As mulheres ocupam apenas 10% das prefeituras e representam 12% dos membros das câmaras municipais.


Os números divulgados hoje mostraram que, para 74% dos entrevistados, a garantia da democracia depende da presença de mais mulheres nos espaços de poder e tomada de decisões e que quase 1,5 mil entrevistados defendem punição aos partidos que não apresentarem uma lista com 50% de candidatos e 50% de candidatas.

Para a coordenadora do PRB Mulher-DF, Helen Assumpção, é preciso uma reforma política que obrigue a representação feminina. “Somente com a alteração da legislação eleitoral é que vamos garantir, de fato, uma maior presença de mulheres nos parlamentos. Isso, sem dúvida, fortalecerá a democracia”, observou a republicana.

Com informações da Agência Brasil e da SPM
Edição e foto: PRB Mulher-DF


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