Marcos Pereira empossa novo presidente no DF


Roberto Wagner passará a ocupar a Vice-presidência Nacional do PRB


Brasília (DF) - Na manhã desta quarta-feira (30), o presidente Nacional do PRB, Marcos Pereira, empossou o novo segundo vice-presidente nacional e o novo presidente regional da sigla no Distrito Federal. Entre as principais autoridades do partido estava o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella; o senador Eduardo Lopes (RJ); o líder do PRB na Câmara Federal, deputado George Hilton (MG); o deputado federal Márcio Marinho (BA); o deputado federal Vitor Paulo (RJ); o secretário de Esportes do Distrito Federal, Júlio César; o secretário do Idoso do DF, Ricardo Quirino; o presidente da Fundação Republicana Brasileira, Mauro Silva, o deputado distrital Evandro Garla e a coordenadora do PRB Mulher no DF, Helen Assumpção.


Para comandar a segunda Vice-presidência Nacional do PRB, assumiu o advogado Roberto Wagner Monteiro, que estava no comando da sigla no Distrito Federal. Em seu lugar assumiu o empresário Wanderley Tavares.

O presidente nacional Marcos Pereira anunciou que a mudança é para a inovação e crescimento do partido. “Tenho certeza que o PRB se consolida e cresce mais ainda no Distrito Federal com essa mudança. Nossa meta é eleger um deputado federal e um distrital”, declarou Pereira.

“O PRB ficou engrandecido com a sua presidência (no DF), Roberto Wagner. Agora, assume um jovem com uma visão de futuro extraordinária que nos aproxima a todos. Que você, Wanderley, possa seguir os princípios de ética e dignidade que Roberto Wagner seguiu”, avaliou o ministro Crivella ao lembrar que o PRB é um partido que hoje tem, em números, não muitos parlamentares, “mas na qualidade é o que tem mais, e temos um Ministério, no qual estamos servindo o povo brasileiro”.

Representando a bancada federal do PRB, o líder George Hilton frisou que o momento é importante para o partido e que a escolha do nome de Tavares vai somar com o trabalho já realizado até aqui por Roberto Wagner. "Wanderley é um nome importante e vai agregar, vai trazer com ele um grupo muito consistente. O partido vai ganhar e vai crescer ainda mais", observou o parlamentar.

Em seu discurso, Roberto Wagner agradeceu o convite de Marcos Pereira para assumir a segunda Vice-presidência Nacional do PRB e ressaltou que a ideia é ajudar ainda mais, buscando verbas federais para o DF. “Assumo essa missão com o propósito de pensar grande o PRB a nível nacional e fazer o partido ser grande aqui também no Distrito Federal juntamente com o Wanderley”.

Já empossado o presidente regional da sigla na Capital Federal Wanderley Tavares, disse se sentir lisonjeado com a confiança de Marcos Pereira. “Fiquei muito feliz com o convite. Sei que a responsabilidade é muito grande, mas me comprometo a trabalhar com muita garra e determinação para fazer com que o PRB cresça ainda mais no Distrito Federal”, afirmou.

Coord. Helen Assumpção cumprimenta novo presidente Wanderley
O evento também recebeu a presença dos senadores, Gim Argello, Lindbergh Farias e Rodrigo Rollemberg; do secretário do Meio Ambiente, Eduardo Brandão; do deputado distrital Benedito Domingos; do deputado federal Ronaldo Fonseca; do presidente estadual do PROS-BA, deputado federal Maurício Trindade; do presidente do PT-DF, deputado federal Policarpo; do presidente de Honra do PSC e presidente da Igreja Assembleia de Deus Campo Madureira, Bispo Manoel Ferreira; do apóstolo Doriel da Casa da Bênção; do secretário do Entorno por Goiás, Gilvan Máximo; do secretário nacional do PRP, Lelé; do presidente do PSC-DF, Egmar Tavares; do presidente do PSB-DF, Marcos Dantas; do presidente do PRP, Dr. Ovasco.

Por Eulla Carvalho - Comunicação Nacional do PRB
Fotos: Douglas Gomes

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“Carreta da Mulher” atende na Candangolândia


Programação faz parte das festividades do aniversário da cidade, que completa 57 anos em 3 de novembro


As mulheres que residem na Candangolândia poderão realizar, gratuitamente, exames de mamografia, ecografia e preventivo do câncer de colo do útero na "Carreta da Mulher", que ficará estacionada na cidade de 29 de outubro a 8 de novembro, no Centro de Saúde 01.

O serviço, oferecido das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, faz parte da programação de aniversário da região administrativa, que completa 57 anos em 3 de novembro.

Por dia, serão realizadas 50 mamografias, 50 ecografias e 50 preventivos de câncer. As senhas estarão disponíveis a partir das 7h. Além disso, haverá aferição de pressão arterial e da taxa de glicemia, testagem rápida para HIV e sífilis.
As paciente deverão apresentar documento de identidade, CPF, comprovante de residência e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para as mamografias e ecografias é preciso apresentar o pedido médico, exceto para as mamografias em mulheres acima de 40 anos, e no caso do preventivo, não há a necessidade de requisição médica.
A equipe de profissionais é composta por um médico, dois técnicos de mamografia, um enfermeiro, uma secretária responsável por coordenar as senhas e outras profissionais que auxiliam no cadastramento e orientação às pacientes.

Com informações da Agência Brasília e Secretaria de Saúde do DF
Foto: Mary Leal

O país onde as mulheres podem ser presas por ter aborto espontâneo


El Salvador tem uma das mais duras leis antiaborto do mundo. E uma consequência disso é que mulheres que sofrem abortos espontâneos se tornam, às vezes, suspeitas de terem induzido um aborto - e podem até ser presas por assassinato.
Glenda Xiomara Cruz estava com muita dor abdominal e um forte sangramento nas primeiras horas do dia 30 de outubro de 2012. A jovem de 19 anos, de Puerto El Triunfo, no leste do país, foi para o hospital público mais próximo, onde os médicos disseram que ela havia perdido o bebê.
Foi a primeira vez que ela ficou sabendo sobre a gravidez, já que seu peso estava praticamente inalterado e o resultado de um teste de gravidez feito em maio daquele ano foi negativo.
Quatro dias depois, ela foi acusada por homicídio doloso, sob a acusação de ter assassinado intencionalmente o feto que tinha entre 38 e 42 semanas. O hospital a havia denunciado à polícia por suspeita de aborto.
Depois de duas operações de emergência e três semanas no hospital, ela foi transferida para a prisão feminina Ilopango, na periferia da capital, San Salvador.
No mês passado, depois de o juiz decidir que ela deveria ter salvado a vida do bebê, Xiomara foi condenada a dez anos de prisão.

'Terrível injustiça'
Seu advogado, Dennis Muñoz Estanley, diz que existe um "pressuposto de culpa" embutido no sistema jurídico, o que torna difícil para as mulheres provarem sua inocência.
"Ela é mais uma vítima inocente do nosso sistema legal injusto e discriminatório, que prende essas pobres jovens mulheres que sofrem complicações obstétricas, com base em provas muito fracas", diz ele. 

Maria Teresa Rivera está servindo uma pena de 40 anos na prisão Ilopango
O pai de Xiomara descreve a sentença como uma "terrível injustiça".
Ele testemunhou no tribunal que sua filha tinha sofrido anos de violência doméstica nas mãos de seu parceiro. E ainda assim a acusação - que buscava uma pena de 50 anos de prisão - se baseou fortemente em alegações de que ela tinha matado intencionalmente o feto.
Xiomara não vê sua filha de quatro anos desde que sofreu o aborto espontâneo.
El Salvador é um dos cinco países com proibição total do aborto, juntamente com Nicarágua, Chile, Honduras e República Dominicana. Desde 1998 a lei não permite exceções - mesmo se uma mulher for estuprada, se sua vida estiver em risco, ou se o feto estiver severamente mal formado.
Mais de 200 mulheres foram denunciadas à polícia entre 2000 e 2011, das quais 129 foram julgadas e 49 condenadas - 26 por homicídio (com penas de 12 a 35 anos) e 23 por aborto, de acordo com uma pesquisa do Grupo de Cidadãos para a Descriminalização do Aborto. Mais sete foram condenadas desde 2012.
O estudo ressalta que estas mulheres são extremamente pobres, solteiras e sem muita instrução - e elas geralmente são denunciadas por funcionários de hospitais públicos. Nem um único processo criminal começou no setor privado de saúde, onde acredita-se que milhares de abortos acontecem anualmente.
Muñoz já trabalhou com 29 das mulheres encarceradas, ajudando a garantir a rápida libertação de oito. "Apenas uma dela induziu o aborto intencionalmente, as outras 28 sofreram complicações espontâneas, mas foram presas por assassinato sem qualquer evidência direta", diz ele.

Homicídio doloso
No ano passado, quando Maria Teresa Rivera sofreu um aborto espontâneo, ela foi condenada a 40 anos de prisão por homicídio doloso.
Como Xiomara, Teresa, de 28 anos, não teve sintomas de gravidez até sentir uma dor súbita e um sangramento, e foi denunciada à polícia pelo hospital público onde ela procurou ajuda.

Cristina Quintanilla foi condenada a 30 anos de prisão
As evidências científicas para sustentar uma condenação eram fracas, de acordo com Muñoz, que irá em breve apresentar um recurso, e a acusação se baseou fortemente no testemunho de uma amiga dela que disse que Teresa teria dito que "poderia estar" grávida 11 meses antes do aborto acontecer.
Teresa trabalhava em uma fábrica têxtil, o único ganha-pão de sua família, e seu filho de oito anos agora vive com a avó em extrema pobreza.
A história de Cristina Quintanilla é diferente. No dia 24 de outubro de 2004, a jovem de 18 anos, da zona rural de San Miguel, estava grávida de sete meses de seu segundo filho e morando com sua mãe na capital para ficar mais perto de um hospital.
O namorado dela estava trabalhando nos Estados Unidos, mas o casal estava animado com a chegada do futuro filho, comprando roupas de bebê.
"Por volta de meia-noite eu senti uma dor imensa, eu pensei que estava morrendo", disse Quintanilla.
"Eu estava batendo na porta do banheiro para chamar a atenção da minha mãe quando senti o bebê sair. Depois disso eu só lembro de acordar no hospital."
Sua mãe chamou a polícia, uma atitude normal dos salvadorenhos em casos de emergência, e foi levada para o hospital.
Quintanilla tomou um anestésico, e quando acordou foi interrogada. Em seguida, ela foi algemada à cama do hospital, acusada de homicídio, e transferida para a delegacia.
O primeiro juiz abandonou o processo, mas o Ministério Público recorreu, elevando a acusação para homicídio doloso.

Medo
Quintanilla foi considerada culpada, condenada a 30 anos de prisão, e difamada como assassina de crianças. Seu filho Daniel, na época com apenas 4 anos, passou quatro anos vivendo com sua bisavó, até que Muñoz conseguiu reduzir a pena para três anos.
"Os relatórios médicos não podem explicar por que o bebê morreu, mas o promotor me considerou uma criminosa que poderia ter salvo o meu bebê, mesmo tendo desmaiado de dor", diz ela.
"Eu nunca vou entender por que eles fizeram isso comigo, eu perdi quatro anos da minha vida e ainda não sei porque eu perdi o meu bebê."
Morena Herrera, da Associação de Cidadãos para a Descriminalização do Aborto, diz que esses casos tiveram um efeito inibidor, fazendo com muitas mulheres pobres grávidas que sofreram abortos espontâneos, ou complicações durante a gravidez, tivessem "muito medo de procurar ajuda médica".
"Eu ficaria com medo de ir a um hospital público, já que mulheres jovens são sempre consideradas culpadas e presas", diz Bessy Ramirez, 27 anos, de San Salvador.
"Nós não podemos nem contar com o pessoal de saúde para colocar seus preconceitos de lado e nos tratarem de forma confidencial."

Caso de Beatriz mobilizou ativistas da ONG Anistia Internacional
A severa lei do aborto tem outras implicações graves em relação a direitos humanos.
O suicídio foi a causa mais comum de morte em 2011 entre meninas e adolescentes de 10 a 19 anos, metade dos quais estavam grávidas, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Essa foi também a terceira causa mais comum de mortalidade materna.

'Cruel e discriminatória'
No início deste ano, o caso de Beatriz, de 22 anos e que sofre de lúpus, atraiu atenção internacional depois que a Suprema Corte se recusou a autorizar um aborto, mesmo que sua vida estivesse em risco e que o feto estivesse mal formado, sem a possibilidade de sobreviver.
A saúde de Beatriz deteriorou enquanto o tribunal discutia o caso por vários meses. O bebê nasceu com 27 semanas, e morreu em poucas horas.
Membros do atual governo FMNL (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional), particularmente a ministra da Saúde, Maria Isabel Rodriguez, criticaram duramente a lei do aborto durante a polêmica sobre o caso de Beatriz. Mas o governo não fez nenhuma tentativa de revogar ou relaxar a lei desde que entrou em vigor em 2009, e continua a ser popular entre grande parte da população conservadora, que reverencia a Igreja, e os grupos religiosos pró-vida, como o Si a la Vida (“Sim à Vida”, em espanhol).
O partido Arena, que é fortemente aliado à Igreja, é o favorito para ganhar as eleições gerais do ano que vem.
Mas Esther Major, especialista da Anistia Internacional em El Salvador, descreve a lei do aborto no país como "cruel e discriminatória".
"Mulheres e meninas acabam na prisão por não estarem dispostas ou, simplesmente, serem incapazes, de levar a gravidez ao fim”, diz ela.
"Isso faz a busca por tratamento hospitalar por conta de complicações durante a gravidez, incluindo um aborto espontâneo, uma loteria perigosa.”
"Não pode ser do interesse da sociedade criminalizar mulheres e meninas dessa maneira", concluiu Major.

Fonte: BBC em El Savador